quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Muse - The Resistance (2009)

Antes de tudo, vamos falar um pouco sobre a palavra "evolução". Conforme meu dicionário (muito desatualizado, pois o tenho desde a - pasmem - sexta série) evolução é o desenvolvimento progressivo de uma arte, ciência, esporte, doutrina, etc. Crescimento. Série de modificações porque passam uma espécie biológica, uma sociedade, etc.
Essa postagem diz respeito a banda Muse, logo, se eu não falar sobre evolução ao tratar dessa banda estaria sendo um cego.

Quinto álbum.
Quinta cara do Muse.

Desde seu primeiro álbum o Muse nunca seguiu uma fórmula. Está tudo ligado, há elementos iguais, mas nada soa repetido entre cada cd. Aqui está um dos significados de evolução que o Muse segue: a série de modificações porque passam uma espécie biológica, uma sociedade, etc. Vamos encara-los então, como uma espécie, tendo em vista que para mim, o trio inglês possui um entrosamento tão grande que parecem ser um só.

Outro significado de evolução: crescimento. Facilmente podemos notar isso na transição do primeiro álbum, "Showbiz", para o segundo e meu favorito, "Origin of Symmetry". E esse crescimento foi um tapa na cara de quem sempre viu o Muse do primeiro cd como a repetição do que já vinha sendo feito por outras bandas. O OoS é a cara do Muse. Bem trabalho, bem produzido, canções que vão da alegria a agonia, do céu ao inferno, do mais barulhento inferno de guitarras ao clímax de belos falsetes.

Até então, o Muse vem seguindo a cartilha da evolução com êxito, e assim se seguiu até hoje. Veio o "Absolution", álbum que jogou o Muse nos braços do público com canções um pouco mais pop - lê-se popular - e ótimas melodias. "Black Holes and Revelations" é um álbum que divide o público. É amar ou odiar. Desde as mais pops como "Starlight" e "Supermassive Black Hole" até a opera-rock "Knights of Cydonia", o grupo faz o que já está mais que acostumado, mostrar toda sua versatilidade e genialidade em não seguir uma linha reta dentro do que se propõe a fazer.

Mas, eu deveria falar sobre o último álbum, o "The Resistance".



Mesmo sabendo que não deveria esperar por algo parecido com o que já vinha sendo feito, me surpreendi e me assustei com o que viria a ser um dos álbuns mais pretensiosos e esquisitos do ano. A avalanche de canções inusitadas começa com "Uprising", primeiro single do álbum, já ganhou videoclipe e tudo mais. Essa talvez seja a canção que menos assuste no cd, existe do Muse já clássico nela. De longe a faixa mais pop do álbum. A segunda faixa é "Resistance". Me lembra um pouco "Map of the Problematiqué", mas no fundo não tem nada a ver. Coros de vozes com melodias incomuns e as baterias já clássicas de um dos mais carismáticos bateristas da atualidade, Dominic. "Undisclosed Desires", bom, essa dá medo. A única música da carreia do Muse em que Matt não toca nem guitarra nem piano, e sim, um instrumento pra lá de estranho que lembra aqueles teclados de banda de forró. Pop, inusitada, mas não é ruím depois de algumas audições. O refrão gruda, e muito. Depois vem a já conhecida do público, "United States of Eurasia" é uma ótima canção e devo lembrar que faz jus ao que o Muse tem de característica, pois é muito melhor ouvi-la ao vivo que pela versão de estúdio. Não, não vou falar que lembra muito Queen.
As três próximas faixas são para as viúvas dos antigos trabalhos do Muse, a melhor sequência de faixas do cd: "Guiding Light", "Unnatural Selection" e "MK Ultra". Se você não gostar do cd até aqui, acho que pode desistir, o que vem a seguir é muito mais inusitado que tudo até agora.
A sequência final do álbum fica por conta de "I Belong To You", uma balada pop com pianos que foi escalada para fazer parte da trilha sonora da continuação do filme Crepúsculo (ÉCA!). E, para fechar, o projeto mais inovador e pretensioso do trio, as três sinfonias "Exogenesis". As três apesar de distintas formam um conjunto ótimo e cada uma com sua característica marcante. Eu recomendo a segunda, "Exogenesis: Symphony Pt 2: Cross-Pollination".

Em resumo o Muse cumpriu seu papel outra vez. Inovar, evoluir. Um erro clássico de quem fala de música hoje em dia é falar de evolução como algo que sempre coloca tal objeto ou pessoa em um posto maior, mas, cabe a cada um decidir se as evoluções que vimos transformam algo em melhor ou pior do que antes da dita evolução. Um exemplo clássico é dizer que o se o ser humano realmente evoluiu, não teria sido melhor continuar em cima das árvores, para o bem do planeta terra? Bom, não vem ao caso. Se o Muse evoluiu pra melhor cabe a você decidir.

3 comentários:

  1. humm, sei lá
    eu gosto, mas não acho q eles tem uma coisa q sempre tá presente, não sei dizer o q é, mas é o q me faz achar meio enjoativo (minha opinião, claro)
    pra mim muse é como mousse de chocolate, gostoso, mas se repetir enjoa.

    mas eu gosto
    :^D

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  2. Discordo, eles tem sim algo que tu ouve e diz "poxa, isso é Muse". Mesmo sempre mudando, coisa que sempre fizeram, há um elemento que liga, dá pra saber que é a mesma banda.
    Outro exemplo disso é o Incubus.

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  3. humm, da onde q aquele não apareceu??
    eu quis dizer q eles Tem algo, e é muito desse algo (isso q não me deixa ouvir mais de 3 músicas deles seguidas)

    erro de digitação!
    sdkfjhdsakfhldsfdkjashkfjdshkfsdkjfa

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